A úlcera péptica é uma ferida que se forma na parede interna do estômago (úlcera gástrica) ou na primeira parte do intestino delgado (úlcera duodenal), devido à agressão da mucosa por fatores como o ácido clorídrico e a pepsina. As causas mais comuns incluem a infecção pela bactéria Helicobacter pylori e o uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Outras causas possíveis são o estresse severo, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
Os sintomas mais característicos são dor ou queimação na parte superior do abdômen, geralmente relacionada ao jejum ou ao período noturno. A dor pode melhorar com a alimentação no caso de úlcera duodenal e piorar após as refeições quando a úlcera é gástrica. Além disso, podem ocorrer náuseas, vômitos e, em casos mais graves, sangramentos digestivos, que podem ser identificados por fezes escuras ou vômito com sangue.
O diagnóstico é realizado por endoscopia digestiva alta, que visualiza diretamente a úlcera e permite a coleta de amostras para análise. O tratamento envolve a erradicação da H. pylori com antibióticos, o uso de inibidores de bomba de prótons (para reduzir a acidez gástrica) e, quando necessário, a interrupção do uso de AINEs ou medicamentos que irritam a mucosa gástrica.